quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O último Jesus



Desde ontem estou em clima de despedida com Carolina. Começei tentando subir ao campanário da igreja, situada na avenida das mangueiras, e dei de cara com 3 corujas (segunda a zeladora do local tinham filhotes) e umas abelhas pretas que teimavam em se enredar nos meus cabelos molhados. Enfim... fiz o que pude em termos de fotos. A luz parecia a melhor dos ultimos 10 dias e a vista seria maravilhosa não fosse os imprevistos. Respeitando os habitantes da torre posicionei a camera por frestas e o resultado foi inusitado. Descendo pude aproveitar que estavam limpando a igreja e visitá-la já que fica boa parte do tempo fechada.
Segunda parada: O mercado. Me decepcionou muito por ser modesto e estar quase vazio, sem aquela vida que parece pertencer a todos os mercados do mundo. Fiz algumas fotos e comprei uma rapadura. Em seguida dei mais uma olhada no rio Tocantins - no dia anterior tinha fotografado os tramites das balsas `Pipes. Minha grande inqueitação aqui sempre é a questão da luz. Sei q estou na hora errada e tento gerenciar a questão da qualidade. Aproveito para descansar, pensar no vivido e imaginar o que está por vir. A noite fui comer um espetinho na minha praça, que tem umas palmeiras e um gramado que convida, aproveitei para tomar um guaraná Jesus. Foi último até Deus sabe quando. Pensei em um sorvete de cupuaçu mas a chuva ameaçava timidamente e eu não quis arricar. Afinal o viajante voltava a tomar conta do meu coração e mais um dia se avizinhava para conhecer pessoas e poder observar a cidade. Meus dias pela Chapada das Mesas estavam se findando. Foi além de tudo que poderia ter imaginado e meus temores se dissiparam dando lugar a uma paz e alegria. Contentamento de ter feito bem, realizado o desejo do lugar desconhecido.
Hoje a noite sigo para Palmas/Tocantins, chegando na Pousada dos Girassóis pela manhã. A partir do dia 06 começa a expedição pelo Jalapão. Torço por uma lua cheia a beira do rio Novo entre outras emoções.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A Pedra Caída & Stargate




Como sempre acordo as 6 hs, tomo café da manhã e fico em frente a Pousada dos CAndeeiros esperando o Zezinho passar na land rover. O dia começa com a visita do complexo da Pedra Caída. A primeira trilha nos levou ao Santuário que lembrava muito (dito pelo Fábio) o filme Avatar (li que sua inspiração foi a floresta tropical amazônica) e realmente nos sentimos assim. Tentei fotografar situações que a força da queda d´água não permitiam... nos divertimos muito. Depois do almoço foi a vez de visitar as cachoeiras de Capelão e Caverna - esta parecia pertencer realmente ao Batman tamanha a quantidade de morcegos que bailavam de um lado a outro. Como nosso grupo era pequeno nos adiantamos aos grupos grandes. Desse modo dava para termos as cachoeiras só pra gente. Cada um fazia o que queria e como queria. Muito bom poder disfrutar do paraíso. Os spaguetis (boías) aliviam o cansaço para curtirmos mais cada cachoeira. Infelizmente o dia se acaba e temos de voltar. Mais não sem antes passarmos pelo portal da Chapada ou o "nosso" Stargate. Mesmo com o cinza do horizonte a beleza era estonteante. Pensei no que este lugar faria com uma garrafa de cabernet sauvignon a côte...
Final do dia hora de voltarmos para casa, tomar banho e marcar um encontro na Praça de Cimento para uma pizza. Carolina é pequena e se faz a pé várias coisas em momentos próximos. E aí vamos nós... mas lembrando q amanhã temos de acordar cedo para mais um passeio. A estas alturas o viajante solitário, observador e fotógrafo deu lugar ao prazer de poder dividir bons momentos em lugares esplendorosos com o outro. Neste caso ilustres desconhecidos que mais parecem velhos amigos de velhos carnavais. É o efeito Chapada das Mesas!

MAIS DO MESMO !!!!




O segundo passeio é o encontro com um grupo de paulistas (Pedro, Fábio e Lúcio) que seriam meus companheiros constantes em tudo. Eu os encontrei através da Cia do Cerrado e o guia Zezinho me levou até eles na pousada do Lages, de onde saímos para conhecer o Encanto Azul (uma lagoa formada num canyon de água azul turquesa), a cachoeira de Santa Bárbara e o Poço Azul. O dia foi longo pois estes lugares ficam longe de Carolina. A gente foi se enturmando. O caminho com o majestoso morro do chapéu sempre presente, e aquelas paisagens do cerrado a perder de vista. Os olhos nunca cansam de ver a mesma coisa que parece ser diferente por detalhes percebidos a cada olhada.
Tenho a impressão que descrever tanta beleza natural é tarefa somente para imagens já que as palavras não me parecem suficientes. Fico olhando a tela do computador, e parece que as lembranças não sao traduziveis.
Do encontro com os meninos guardarei sempre o carinho, amizade e a cumplicidade. Posso dizer que foi perfeito. Todas as combinações dentro e fora do passeios... até passamos o Reveillon juntos e papos interessantes. Neste momento, o lado viajante ficou de fora... aquela solidão necessária a reflexão, observação... enfim era o momento de dizer adeus a 2011 (que foi um ano insólito para mim) e abrir novas perspectivas para 2012. Esse é o an!!! já me falo isso a algum tempo. so, a acolhidada inesperada fazendo parte do que sempre digo "deixar a vida te levar..." e foi muito bom pelas saudades que sinto.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Primeiro Passeio



O meu primeiro passeio saindo de Carolina para a Chapada das Mesas foi para conhecer as cachoeiras do Prata e SÃO Romão. Durou um dia. Começando pela BR e depois uma estrada de terra dentro do parque Chapada das Mesas. A cachoeira da Prata que fica no rio Farinhas impressiona pela extensão da primeira queda, já a SÃo Romão pela grandiosidade do volume e sua força. Nesse dia eu estava com um grupo grande e acabei ficando na cabine do motorista. Além da conversa foi possivel avistar um rasante de um casal de araras sobre minha cabeça, uma siriena, vários pássaros além de poder perceber o cerrado. Uma vegetação bem especifica que em alguns momentos do passeio variava. Abre-se e fecha-se muuuitas porteiras pois as fazendas ainda não receberam indenizações do Governo Federal. O passeio foi bom pela vista pois as águas escuras me desapontavam pois não coincidiam com minha idéia da Chapada. Todavia, isso seria mudado nos dias seguintes.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Os mistérios de CAROLINA/MA



Sai do Rio de Janeiro debaixo de chuva. Para minha surpresa o caminho da Buarque até o Santos Dumont foi sem transito tranquilo. Até o check-in foi feito rapido e com direito a um saco plastico de proteção para a mochila. Realmente o clima natalino estava no ar. Tudo era uma paz... entre as amizades dos entre voos cheguei a Imperatriz/Maranhão de acordo com o horário programado. E fazia um calor!!!! Me juntei a um carinha no aeroporto e dividimos um táxi (aqui sao tabelados, não conhecem taxímetro!) até o ponto das vans. Teria q tomar uma para adiantar ao máximo a chegada a Carolina. Alias tudo que se perguntava sobre esta cidade ninguem sabia nada. Ô mistério! Assim acabei comprando uma passagem Imperatriz-Palmas para o dia 05 de modo a nao atrasar minha partida para o Jalapão. Para isso, deixei a mochila com o carinha e peguei um moto táxi.. pé na estrada até a nova rodoviária da cidade. Foi uma aventura que mereceu ser brindada pelo Jesus, o guaraná.
Anoitecia quando vi as primeiras montanhas da chapada das mesas... são mesas espalhadas pelo caminho.... lindo no final de tarde....com um lençol de névoa se debruçando pelo horizonte... relaxei. me senti em casa.
Da Rodoviaria de Carolina peguei outro moto táxi até a Pousada dos Candeeiros onde o receptivo já se perguntava por mim.
E eu queria um banho. Frio mesmo para me esticar e pensar em todo o trajeto do dia e como seriam os outros. A noite foi profunda. Só num casarão de 200 anos que justamente por fantasma me deixava a vontade para sonhar, me desligar do meu mundo e poder assumir uma outra identidade: A do viajante.

sexta-feira, 22 de julho de 2011





Nos proximos dias algumas emoções me aguardam por lugares quase intocados dessa maravilhosa natureza brasileira. Brasil central, pantanal!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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Hoje é o ultimo dia de uma viagem de 30 dias praticamente. O saldo foi positivo apesar de alguns lugares terem surpreendido e outros nem tanto. As fotos pessoais serao postadas assim que chegue em casa e descarregue as 1600 que estao na Lumix. Penso que o distanciamento trara novas conclusoes. De certo é que o sentimento do viajante continua latente pronto para a proxima aventura - sim quando nos lançamos ao desconhecido sempre é algo aventuresco. Onde vamos parar, o q vamos comer e quem vamos encontrar? tudo sem uma programacao previa q te permita algum controle. A grande aventura de vivir assim, talvez atingindo uma liberdade onirica.
O mundo muda, nos mudamos.
É uma roda com seus codigos que as vezes nao logramos decifrar-los. Vale a intençao, o desejo e o sonho - este ultimo quando realizado parece q legitima tudo. Como diz Caetano: "Cada um saber a dor e a delicia de ser o q é".